O Eterno Freguês - Não poderia dar outra: FINAL

Começa a semana e a expectativa era imensa dentre os atletas do Banza. Final de semana, todos concentrados para a semifinal contra a Química. Esse jogo sempre atrai uma atenção especial, pois foi contra essa mesma equipe que nosso goleiro Guilherme sofreu uma fratura na tíbia, durante a partida, válida pela segunda fase do torneio de 2009. Um ano se passou e novamente eles no nosso caminho: o sub-curso. Após conseguirem a classificação sobre o time da Geografia, diga-se de passagem, desfalcado, eles vieram para o confronto contra o Banza com a certeza de que eram os favoritos. Mas essa história iria mudar logo. O jogo que estava marcado para às 19 horas da segunda-feira dia 06 de Dezembro, não pode ser realizado nesse horário, pois a chuva impossibilitou a ocorrência da partida. Assim sendo, Waldo, o organizador do campeonato, remarcou o jogo para terça-feira no Ginásio Poliesportivo, no mesmo horário.

Terça, 19 horas, no ginásio poliesportivo de Alfenas a bola rolou ao apito de Eto e Babalu. O Banza acreditava piamente que o jogo no ginásio seria favorável ao toque de bola e jogadas rápidas entre seus atletas, pois são atletas de bom nível técnico e com recursos para desenvolver um bom futebol. Assim, partiu para cima do sub-curso. Começo de jogo e boa jogada de Paulo, que arrematou no "trinco", no rebote Cafu chutou cruzado e Paulo só empurrou para as redes. Gol do Banza e delírio da galera. Um a zero. O Banza fez o gol e continuava comandando a partida. O time da Química apenas se defendia e tentava jogadas no ataque sem sucesso. Jonthina e Sávio pouco fizeram, estavam bem marcados. O tempo passa e uma falta grosseira de Savinho em Belo. Carrinho criminoso e a arbitragem, conivente, apenas amarelou o atleta. No lance, o próprio Belo ajeitou a bola para a cobrança e...caixa! Golaço de falta!! A bola passou no meio das pernas do goleiro Tetão. Dois a zero pro Banza fora as ameaças. Coma  vantagem no placar, o Banza começou a tocar a bola e fez uma substituição. Entrou Igor no lugar de Marcelo. O ritmo caiu muito e Igor não acompanhava os adversários. Não demorou muito e, em uma jogada de escanteio, a marcação falhou e gol do sub-curso. Cruzamento forte a bola bateu no atleta do sub-curso e entrou. Dois a um para o Banza. O sub-curso começa a gostar do jogo, mas é o fim do primeiro tempo.

No intervalo, os jogadores se lamentavam pelo gol sofrido, porém LG foi taxativo: "Não podemos abaixar a cabeça não p****"! A gente tomou um gol e parece que estamos perdendo o jogo. Temos que lembrar que estamos ganhando o jogo ainda pô! Só não pode ficar vacilando nessas jogadas. Vamos voltar e ir pra cima deles novamente!" falou o treinador.

Segundo tempo, a equipe voltou e logo de cara sofreu o gol de empate. Lançamento do goleiro Tetão para Jonthinha, que protegeu a bola de Paulo e rolou para trás. Novamente a bola bateu no atleta da Química que vinha correndo em direção ao gol e entrou. Dois a dois. A equipe do Banza ficou acanhada. Um jogo que estava teoricamente e praticamente ganho, se transformou em uma árdua tarefa. O jogo ganhou em velocidade e em jogadas ríspidas. Cartões para ambas as equipes e para vários atletas. Um lance ficou marcado dentre todos: o pontapé de Jonthinha em Belo. Totalmente desleal, sem visar a bola, ele chutou Belo no tornozelo. Este teve que sair de quadra imediatamente, pois não tinha condição de continuar. Na cobraça Paulo chutou por cima. Nada de gols e o jogo caminhava para os pênaltis. Porém, quando parecia tudo estar definido, Paulo e Marcelo protagonizaram uma jogada brilhante. Simples e objetiva. Uma troca de passes na lateral, deixou Marcelo cara a cara com Tetão. O atleta, uma das maiores contratações do futebol universitário, teve sangue frio e sabedoria. Olhou o goleiro e deu apenas um tapinha por cima dele. GOLAÇO!! Três a dois e a vitória nas mãos. Muita comemoração. Parecia que os atletas do Banza eram campeões. E no fundo o pensamento de todos era esse: o título. Ninguém se contentaria com o vice, muito menos ser eliminado na semi. Foi um grande jogo, ainda que o adversário fosse um sub-curso e com jogadores tão prepotentes, o jogo foi bom. Não pode-se dizer leal, pois o time deles, sabendo da inferioridade técnica, entra em quadra pra bater.

Pois é, difícil é correr atrás do Banza. Mais uma vitória, o Banza ainda invicto, e classificado para a final. Muito bom. Faltava a última batalha e a que mais uma vez iria se repetir. O grande clássico entre duas equipes da Odontologia. Banza x Farofa. O bicho vai pegar!

P.S.: O atleta Igor recebeu o segundo amarelo e foi suspenso da partida final do Banza FC. Foi a segunda suspensão de Igor. A primeira ocorreu na expulsão do atleta contra o Farofa, ainda pela segunda fase.